segunda-feira, 27 de junho de 2011

Polícia Civil ouve testemunhas de ataque a ônibus e pode repassar caso à PF

Veículo escolar foi atacado com pedras e coquetel molotov.
De acordo com o delegado Tiago Macedo, será decidido hoje se a investigação fica a cargo da Civil ou será repassada à PF (Polícia Federal). “Vai ser analisado se é um crime comum”, afirma.
O veículo já foi periciado. No atentado, foram lançadas pedras e um coquetel molotov (espécie de bomba caseira) no ônibus, que transportava 30 alunos indígenas que cursam o Ensino Médio em Miranda.
Quatro pessoas sofreram queimaduras graves e estão internadas na Santa Casa de Campo Grande. As vítimas são o motorista Laércio Xavier Correia, Rosana de Oliveira Martins, de 29 anos, Lurdivane Pires, de 28 anos, e um adolescente de 15 anos. O motivo do crime está sendo investigado. Uma das possibilidades é rixa entre aldeias.
Os índios lutam pela ampliação da aldeia Cachoeirinha. A portaria do Ministério da Justiça reconhecendo a área indígena é de 2007. Desde então, há uma guerra judicial e diversas ocupações em busca da posse das terras.
No ano passado, o procedimento administrativo de demarcação foi parcialmente suspenso por decisão liminar proferida pelo ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
A Funai (Fundação Nacional do Índio) chegou a depositar R$ 1,3 milhão em juízo, referente ao valor das benfeitorias. Mas os proprietários não aceitaram o acordo e recorreram. Uma das propriedades em disputa é a fazenda Petrópolis, que pertence à família do ex-governador Pedro Pedrossian.


Fonte:
06/06/2011 08h51

Ônibus sofre ataque em aldeia de Miranda e quatro ficam feridos

Ônibus foi atacado em aldeia indígena. Um ônibus escolar foi atacado na noite de ontem na aldeia Cachoeirinha, em Miranda, e quatro pessoas ficaram feridas. O veículo trazia alunos indígenas que cursam o Ensino Médio na cidade.
De acordo com o terena Lindomar Ferreira, as pessoas relataram que foram jogadas pedras para quebrar os vidros do ônibus. Em seguida, foram lançadas garrafas de vidro em chamas.
Segundo ele, quatro pessoas – dois homens e duas mulheres – sofreram queimaduras graves e foram trazidas para a Santa Casa. Uma das vítimas é o motorista.

“Os mais atingidos estavam na parte da frente do ônibus”, relata. Conforme o Gazeta do Pantanal, os feridos são Laércio Xavier Correia, Rosana de Oliveira Martins, de 29 anos, Lurdivane Pires, de 28 anos, e um adolescente de 15 anos.
Lindomar relata que a terra é disputada com fazendeiros na justiça e o clima de tensão e ameaça é constante. “Não podemos acusar ninguém. Mas o clima é tenso”, enfatiza.
Conforme denúncia do Cimi (Conselho Indigenista Missionário), a polícia de Miranda esteve no local e, segundo os indígenas, autorizou a remoção do veículo sem realizar nenhum tipo de perícia.
A Polícia Civil de Miranda informa que foi ao local, junto com a PM (Polícia Militar), e tirou fotos e recolheu objetos. O motivo do crime será investigado. Uma das possibilidades é rixa entre aldeias.
Os índios lutam pela ampliação da aldeia Cachoeirinha. A portaria do Ministério da Justiça reconhecendo a área indígena é de 2007. Desde então, há uma guerra judicial e diversas ocupações em busca da posse das terras.
No ano passado, o procedimento administrativo de demarcação foi parcialmente suspenso por decisão liminar proferida pelo ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
A Funai (Fundação Nacional do Índio) chegou a depositar R$ 1,3 milhão em juízo, referente ao valor das benfeitorias. Mas os proprietários não aceitaram o acordo e recorreram. Uma das propriedade em disputa é a fazenda Petrópolis, que pertence à família do ex-governador Pedro Pedrossian. (Matéria editada às 17h para acréscimo de informação)



Fonte:
04/06/2011 16h27

http://www.campograndenews.com.br/cidades/interior/onibus-escolar-sofre-ataque-em-aldeia-de-miranda-e-quatro-ficam-feridos

Índios sobreviventes contam desespero durante atentado à bomba em ônibus

“Vi o fogo no meu corpo e tentei apagar com as mãos”

Da cintura para cima, o motorista Laércio Xavier Correia tem apenas olhos, boca e nariz livre de ataduras. O restante do corpo foi tomado por queimaduras após o ônibus escolar que dirigia ter sofrido um atentado.
Na noite da última sexta-feira, pedras e um coquetel molotov (espécie de bomba caseira) foram arremessados contra o veículo, que retornava de Miranda para a aldeia Cachoeirinha.
Internado na Santa Casa de Campo Grande, ele conta que avistou um homem de jaqueta correndo perto do ônibus. “Vi a chama, a explosão e pulei pela janela”, relata, sobre os momentos de terror. Laércio foi o mais atingido pelas chamas, sofrendo queimaduras de 2º e 3º grau.
Sentada atrás do banco do motorista, a estudante terena Lurdivane Pires traz no corpo as marcas do atentado. “Vi o fogo no meu corpo e tentei apagar com as mãos. Fui para a janela e pedi socorro”, relata.
Somente seus pés ficaram a salvo das chamas. “Antes de acontecer o ataque, vi uma fogueira na beira da estrada. Pensei que fosse fogo no pasto. Nunca imaginei que seria uma coisa dessas”, conta.

Também internada na Santa Casa, Rosana de Oliveira Martins diz não se lembrar do que aconteceu. “Nem sei como sai do ônibus, quando vi já estava no hospital”. Em meio à confusão, a estudante bateu a cabeça. Ela teve queimaduras nas mãos.
Marido de Rosana, Edvaldo Francisco Martins, de 29 anos, acompanha a esposa no hospital. Ele cota que a bomba caseira foi jogada na frente do veículo, justamente onde havia a única porta do veículo. “Não dava para sair. O pessoal começou a desesperar. Quebravam as janelas e saíam desesperados”, recorda Edvaldo.
Para ele, o ataque está relacionado à disputa de terras com fazendeiros. “A gente sempre sofre ameaças”, salienta. O adolescente Edson Vieira Leite, de 15 anos, também ficou ferido e foi trazido para Campo Grande. O ônibus transportava 30 alunos indígenas que cursam o Ensino Médio em Miranda.
Hoje, a Polícia Civil vai ouvir testemunhas e cogita a hipótese de transferir o caso para a PF (Polícia Federal)



Conflito - Os índios lutam pela ampliação da aldeia Cachoeirinha. A portaria do Ministério da Justiça reconhecendo a área indígena é de 2007. Desde então, há uma guerra judicial e diversas ocupações em busca da posse das terras.

No ano passado, o procedimento administrativo de demarcação foi parcialmente suspenso por decisão liminar proferida pelo ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal).
A Funai (Fundação Nacional do Índio) chegou a depositar R$ 1,3 milhão em juízo, referente ao valor das benfeitorias. Mas os proprietários não aceitaram o acordo e recorreram. Uma das propriedades em disputa é a fazenda Petrópolis, que pertence à família do ex-governador Pedro Pedrossian.


Fonte:
06/06/2011 11h11

http://www.campograndenews.com.br/cidades/sobreviventes-contam-desespero-durante-atentado-a-bomba-em-onibus